Mandetta faz alerta impactante sobre vacinação contra Covid-19 e cobra planejamento

Ex-ministro da Saúde pediu organização para que o país não passe 2021 “apagando incêndios”.

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A pandemia do coronavírus segue assolando a população nacional em larga escala. Nas últimas semanas, o índice de casos voltou a subir e preocupar as autoridades sanitárias e a população, que aguardam ansiosamente por uma vacina.

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Nesta sexta-feira (11), o ex-ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta disse em entrevista à GloboNews, que o país precisa apostar em toda a vacina contra a Covid-19 que estiver disponível, no entanto, mesmo assim passará o ano de 2021 lutando contra a doença, que já ceifou a vida de mais de 180 mil pessoas em solo nacional. 

“Não vai ter (vacina) para todo mundo, nós vamos atravessar 2021 inteiro lutando com isso”, disse Mandetta. 

Formação de grupos

De acordo com Mandetta, diante da escassez de imunizantes em função da alta demanda, o Brasil precisa montar um plano em que os grupos prioritários sejam o foco inicial nas campanhas de vacinação. 


“Estamos perdendo médico e enfermeiro, pelo menos vacine esse pessoal que vai poder cuidar. (…) Se não tem para todo mundo, vacine acima de 80, depois entre 70 e 80. Vacine as capitais, os grandes conglomerados”
, disse o ex-ministro da Saúde.

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Ainda segundo Mandetta, é preciso um planejamento onde sejam aproveitados os potenciais da vacina de cada fabricante. Caso contrário, ele classifica que o país passará o ano de 2021 “apagando incêndio”.

Por fim, o ex-ministro da Saúde destacou que a prevenção deve continuar sendo a principal aliada no combate contra a Covid-19, uma vez que para ele o vírus continuará circulando.

Frase polêmica 

Nesta semana, o presidente da República, Jair Bolsonaro, polemizou ao falar que a pandemia está no “finalzinho”. A declaração do chefe do Executivo foi bastante criticada, principalmente pelo cenário vivenciado nas últimas semanas, quando os índices dispararam. Diferentemente do que foi dito pelo presidente, o atual ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, afirmou que a pandemia não acabou ou vem em uma situação de queda.