Hospital faz confusão com corpos de vítimas da Covid-19 e revolta familiares; corpo teve que ser desenterrado

Caso aconteceu nesta semana no litoral paulista e causou grande revolta; hospital se pronunciou.

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Um hospital de Santos, no litoral paulista, acabou protagonizando uma negligência que revoltou familiares de vítimas da Covid-19. Não bastasse a dor de perder um ente querido, as duas famílias ainda tiveram que conviver com o drama de ter os corpos das vítimas trocados. O corpo de Márcia Pereira Franco, de 48 anos, foi confundido e enterrado no lugar de Marcelo Aninguaço, de 72 anos.

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Em nota, a unidade hospitalar pediu desculpas pelo ocorrido e garantiu uma sindicância para acompanhar o caso. 

De acordo com familiares, em entrevista ao G1, ambos os pacientes ficaram internados na unidade hospitalar por 21 dias, após serem infectados pela Covid-19, e vieram à óbito na última quarta-feira (9). No processo de tratamento contra o coronavírus, Marcelo ficou internada no Hospital Vitória, enquanto Márcia estava no Hospital Ana Costa. Após os falecimentos, os dois foram encaminhados para o Hospital Beneficência Portuguesa de Santos. Na unidade, eles foram preparados para o sepultamento.  

Segundo a sobrinha de Márcia, Gabryella Franco Nogueira, de 27 anos, um funcionário da funerária percebeu o erro na hora de levar o corpo da vítima para o cortejo. 

Revolta

A família do idoso foi avisada na sequência, mas já havia realizado o sepultamento de um corpo que, na realidade, não era ele, e sim de Márcia. Após a identificação do erro, o corpo da mulher foi desenterrado e encaminhado novamente para o hospital, onde foi realizado um novo reconhecimento por familiares. Diante disso, a família de Marcelo teve que realizar dois sepultamentos em um curto intervalo de tempo. Ambas as famílias se mostraram indignadas pelo equívoco da unidade hospitalar.

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“A gente via matérias desse tipo e ficava indignada. Nunca pensei que fosse passar por isso aqui em Santos. A gente só queria oferecer um enterro digno para ele, já que ele não teve um velório, e até isso eles tiraram da gente”, desabafa a filha de Marcelo, Márcia Bastitas de Oliveira, de 35 anos.