Um caso envolvendo atendimento médico em Campo Grande, capital do Mato Grosso do Sul gerou uma grande polêmica nos últimos meses. Inconformados com a morte da mãe, de 71 anos, que faleceu em uma unidade hospitalar esperando mais de 7 horas por uma internação, os filhos delas expuseram o caso no Facebook, divulgando nome e registro do profissional médico pelo atendimento, acusando-o de assassinato.
A postura, no entanto, acabou rendendo uma sentença da Justiça Estadual do Mato Grosso do Sul, que multou o casal de filhos da aposentada em R$ 10 mil.
Em um post realizado no Facebook, um dos filhos da idosa, Evandro Oliveira, que é enfermeiro publicou “Mataram a minha mãe!”. Desolado com a morte de Maria do Carmo de Souza Oliveira na UPA Leblon, ele externou o caso, fazendo fortes acusações à equipe médica da unidade.
“Ela ficou infartada das 7:30 até as 15:00 agonizando em cima de uma maca, viva e reclamando de fortes dores no tórax, braços, cabeça e estômago, e pouco foi feito para reverter o quadro“, disse Evandro na oportunidade.
Ainda segundo o relato, o médico teria dificultado a transferência da aposentada para outra unidade, e chegou a agir com sarcasmo ao conversar com ele.
Depois de alguns dias da morte da aposentada, Evandro fez uma nova postagem nas redes sociais, classificando o ato como “negligência”.
“Um médico irresponsável matou minha mãe! A justiça virá, principalmente a de Deus!”, desabafou o filho da vítima.
Processo na Justiça
Diante de todas as acusações nas publicações, o médico ficou bastante abalado com comentários recebidos repercutindo o caso, seja de pacientes ou até mesmo de companheiros de trabalho. Neste cenário, o médico entrou com uma ação contra o casal de irmão, solicitando a remoção das publicações e indenização por danos morais, tendo a causa ganha.