Flagrada em vídeos que viralizaram nas redes sociais ofendendo e agredindo funcionários e clientes de uma padaria da Zona Oeste de São Paulo no último mês, Lidiane Brandão Biezok, de 45 anos, se tornou ré em um processo movido pelo Ministério Público e acatado pela Justiça nessa semana.
Lidiane foi acusada pela promotora Martha de Camargo Duarte Dias de ter cometido injúria racial, lesão corporal e homofobia contra as vítimas. Cumprindo regime de prisão domiciliar, a acusada alegou em entrevista à Globo que sofre de bipolaridade e depressão, e ainda pediu desculpas pelo ocorrido.
Apesar das declarações de Lidiane, a juíza Carla de Oliveira Pinto Ferrari, responsável pela 20ª Vara Criminal, determinou na última terça-feira (1) que a acusada continuará respondendo pelos três crimes em casa.
Após ser detida em flagrante, Lidiane conseguiu que sua pena fosse convertida em formato domiciliar após alegar que possui problemas psiquiátricos. Desde o final de novembro, ela segue reclusa em um apartamento onde mora com os pais.
O caso viralizou nas redes sociais e causou uma enorme revolta da população.
Pedido negado
A juíza Carla negou também não acatou o pedido da defesa da ré para autorizar a instauração de um incidente de insanidade mental em Lidiane, classificando os receituários apresentados como ininteligível. A defesa da mulher, representada por Victor Martinelli Paladino alegou que a ré pode ter tido um surto psicótico no dia em que foi flagrada praticando racismo e agredindo funcionários e clientes da padaria.
Lidiane e seu advogado devem ser chamados em breve pela magistrada para comparecer a uma oitiva. A promotora e as vítimas também comparecerão à audiência.
A juíza marcará uma data para ouvir Lidiane, seu advogado e a promotora.