O caso do homem negro morto no estacionamento do supermercado Carrefour gerou grande revolta na maior parte da população brasileira. A morte de João Alberto Silveira Freitas, que aconteceu na última quinta-feira, 19 de novembro, provocou grande comoção na sociedade e levantou o debate sobre racismo no país.
Detalhes sobre a morte de João Alberto Silveira Freitas ainda continuam surgindo. Uma cliente do supermercado Carrefour, que testemunhou a morte do homem no estacionamento do estabelecimento, contou durante o depoimento aos policiais que após perceberem que havia matado o homem, os seguranças que espancaram a vítima teriam ficado desorientados ao notar que ele não estava mais respirando.
O depoimento dessa cliente pode ser fundamental para elucidar o caso, já que qualquer nova informação pode mudar totalmente os rumos das investigações.
A RBS TV teve acesso ao depoimento prestado pela cliente e, de acordo com o registro a testemunha, ele chegou perto da confusão quando estava chegando ao estabelecimento e se deparou com o homem que estava imobilizado no chão. A cliente ainda contou que notou que a vítima apresentava sinais visíveis de asfixia. Inclusive, ela teria avisado aos seguranças, porém escutou deles que era que “não se intrometesse em seu trabalho”.
Pouco tempo depois, a testemunha já teria constatado a alteração da cor na boca e das extremidades dos dedos da vítima. De acordo com o depoimento, a cliente teria tentado mais uma vez alertar sobre o fato, mas infelizmente já era tarde demais e João Alberto já estava morto.
A testemunha então relatou que no momento que os seguranças perceberam que o homem estava morto ficaram muito assustados. Eles chegaram a perguntar as pessoas que estavam no local se alguém sabia verificar sinais vitais. Nesse momento, um senhor teria chegado perto e falado sobre o óbito da vítima.
Os seguranças que espancaram o home teriam ficado desorientados com a situação e ficaram perto do corpo por alguns instantes, mas depois se afastaram. Ainda conforme informação da cliente, o SAMU – Serviço de Atendimento Móvel de Urgência demorou aproximadamente 60 minutos para chegar ao local.
A cliente também relatou que chegou perto da esposa da vítima que teria dito que o marido estava muito nervoso e pedia toda hora para voltar para casa enquanto Milena fazia as compras.