Gerente do Ponto Frio sofre racismo, se isola em sala para chorar e é surpreendido por colegas no dia seguinte

Bruno Mendes conta que uma idosa disse ao marido que um negro não poderia ser gerente de uma loja.

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Mais um caso de racismo repercute nesta semana. No último domingo (15). Recentemente, o Brasil repercutiu outro caso de racismo que gerou comoção nacional por tamanha crueldade, já que a vítima perdeu a vida após ser agredida por dois seguranças em uma loja do Carrefour em Porto Alegre. 

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Desta vez, o gerente do Ponto Frio, de um shopping em Governador Valadares, Minas Gerais, sofreu racismo de dois clientes idosos. O gerente da loja varejista Bruno Mendes relatou que um casal procurou o estabelecimento e ao saber que ele era o gerente disparou uma frase racista: “Inadmissível que um negro gerencie uma loja tão grande”.

O casal não quis diálogo com Bruno que após ofensa se dirigiu uma sala dos funcionários para chorar. Colegas de Bruno o encontraram chorando, triste com o ato de racismo que sofrera. 

Comovidos com o colega, funcionários decidiram se reunir e preparar uma surpresa para Bruno no dia seguinte. O gerente chegou para trabalhar e foi recebido por um dos funcionários com uma placa dizendo que ele é importante. Ao entrar na loja, outros colegas de trabalho de Bruno segurava outros cartazes com mensagens de ânimo e encorajamento, além dos recados, Bruno recebeu muitos abraços da equipe. 

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Em entrevista ao G1 Vales de MG, Bruno contou que perdoou o casal de idosos que soltou a frase racista, ele sabe que o vídeo desse momento vai chegar até eles e que não vai procurar pela Justiça. “Eu não queria ter que levar isso ao lado jurídico, nem nada. Eu quero que essa pessoa seja feliz e que Deus alcance a vida dela também”.

Surpreso com a repercussão nacional, Bruno disse que gostaria de não precisar lidar com esse tipo de coisa, mas que infelizmente, esses casos ainda acontecem. “Eu não sou preso ao racismo, eu não sou preso ao vitimismo, fiquei triste com a situação”, lamentou.

Agora, ele espera que esse momento sirva para conscientizar outras pessoas sobre o assunto. Para ele, o que fica de lição é a empatia. “Eu quero que as pessoas se amem mais, se ela é branca, se ela é amarela, se ela é homossexual, se ela é hétero. Eu quero que as pessoas se amem”, disse ao portal citado.