Justiça tarda, mas não falha, e aplica a pior das punições para seguranças que espancaram João Alberto no Carrefour

O juiz do caso afirma que a ação dos seguranças extrapolou a força necessária para a contenção da vítima e enxerga gravidade na conduta.

PUBLICIDADE

Presos em flagrante pelo assassinato do aposentado João Alberto Freitas, os agentes de segurança privada Magno Braz Borges e Giovane Gaspar da Silva foram alvos de decisão proferida pelo Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJ-RS), que determinou a conversão para prisão preventiva. A partir de agora, os dois acusados por homicídio qualificado estarão à disposição das autoridades no decorrer das investigações.

PUBLICIDADE

A decisão foi assinada pelo juiz Cristiano Vilhalba Flores, plantonista do Foro Central de Porto Alegre. O magistrado, ao converter a prisão em flagrante por preventiva, apesar de deixar claro que ainda não é o momento adequado para a tipificação das condutas dos acusados, reiterou a necessidade de se destacar a brutalidade com a qual agiram, a fim de justificar sua decisão de momento.

“A ação dos flagrados extrapola ao que se pode conceituar como necessária para a contenção desta, pois passaram a praticar, contra ela, agressões quando já ao solo”, considerou o juiz diante da análise dos vídeos feitos por populares.

Autoridades políticas também se manifestaram sobre o crime. O governador do estado do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, demonstrou repulsa diante da ação dos seguranças, falando em “cenas incontestes de excesso de violência”.

O Carrefour, ainda na manhã da sexta-feira (20), seguinte ao crime, anunciou por meio de nota publicada nas redes sociais que rompeu o vínculo contratual com a empresa terceirizada que prestava os serviços de vigilância, da qual faziam parte os seguranças envolvidos na barbárie.

PUBLICIDADE