O caso ocorrido na última quinta-feira (19), em uma unidade do supermercado Carrefour, em Porto Alegre, tem gerado forte comoção e revolta de brasileiros. Realizando compras com a esposa, João Alberto Silveira Freitas, de 40 anos, foi espancado até a morte por dois seguranças no estacionamento do estabelecimento, após desentendimento ter iniciado no interior da loja.
Um dos acusados do crime é Giovane Gaspar da Silva, de 25 anos, que é policial militar temporário e trabalhava no local como segurança, algo proibido para PM´s. Após ser preso em flagrante, o jovem foi conduzido para o quartel-general da Brigada Militar, e aguarda os próximos desdobramentos da Justiça.
Família
De acordo com o advogado de defesa de Silva, Deivid Leal da Silva, a família do policial militar está muito abalada com o caso, e temem retaliações por conta do ocorrido.
“A família está em estado de choque, com medo de reações violentas. São pessoas simples, não merecem passar por isso”, disse o advogado.
Segundo Deivid, já foi solicitado acesso ao flagrante feito pela polícia, mas a documentação ainda não foi recebida.
Expulsão
Realizando um “bico” proibido para policiais militares mesmo sendo temporário, Giovane Silva deve ser expulso de seu ofício de PM. De acordo com o comandante geral da Brigada Militar, coronel Rodrigo Mohr, o cenário é praticamente irreversível.
O defensor informou que pediu acesso ao flagrante feito pela polícia, mas ainda não recebeu a documentação.
“Como é temporário, pode ser demitido a qualquer momento, apesar de ter direito à ampla defesa. O crime em si já nos habilita para tomar as medidas de exclusão“, ressaltou o coronel.