O caso de espancamento até a morte de um homem no estacionamento do supermercado Carrefour, em Porto Alegre, na última quinta-feira (19), chocou o país, e tem gerado inúmeros desdobramentos. Um dos acusados pelo assassinato de João Alberto Silveira Freitas, de 40 anos, o policial militar temporário Giovane Gaspar da Silva, de 25 anos, foi notificado pela Brigada Militar para apresentar sua defesa no caso. Ele tem um prazo de três dias.
Preso no quartel-general da Polícia Militar na capital gaúcha, Giovane Silva é temporário desde 2018 e não tem treinamento específico para funções de segurança. O jovem realizava um “bico” como segurança no supermercado Carrefour, sendo contratado pela empresa Vector.
A atividade, no entanto, é proibida para policiais militares, mesmo Silva sendo temporário. Além disso, vigilantes de empresas que prestam serviços de segurança precisam ser registrados pela Polícia Federal.
Defesa
De acordo com o Deivid Leal da Silva, advogado de defesa contratado para defender Giovane Silva no caso, o jovem não tem antecedentes criminais, e é considerado uma pessoa tranquila pelos amigos.
Em relato, o defensor disse que o seu cliente foi agredido pela vítima antes das agressões. Deivid agora busca imagens do circuito de imagens do Carrefour que possam contextualizar e evidenciar esta suposta agressão de João Alberto contra o PM. Ainda segundo o defensor, Silva estava em sua primeira noite de trabalho no dia em que a situação ocorreu.
Em nota, o Carrefour comunicou o rompimento de contrato com a empresa de segurança Vector, e garantiu dar todo o suporte aos familiares da vítima.