Circula de maneira viral pelas redes sociais vídeos nos quais uma unidade do Carrefour em São Paulo, na altura do bairro Jardins, é destruída pelas chamas. O incêndio foi provocado por uma parcela dos manifestantes após o movimento sair pacificamente em marcha a partir do Museu de Arte de São Paulo (Masp).
O movimento foi desencadeado pelo assassinato de João Alberto Silveira Freitas, um homem negro de 40 anos espancado e morto – provavelmente por asfixia – por seguranças de uma unidade do Carrefour em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul. Apesar do protesto em São Paulo ter sido o mais violento, outros atos foram registrados ao redor do país.
A partir dos vídeos que circulam pela internet é possível ver funcionários do supermercado absolutamente desesperados com o cenário de guerra causado. Munidos com extintores de incêndio, tentam de maneira desesperada conter as chamas. Uma equipe da Brigada de Incêndio chegou a comparecer à unidade de Pamplona, e o fogo foi controlado, sem indícios de feridos.
Manifestantes ateiam fogo no Carrefour da Pamplona, região do Jardins em São Paulo, em ato contra o racismo e pelo #DiadaConscienciaNegra pic.twitter.com/efL6O2zfna
— Democratize (@agdemocratize) November 20, 2020
Além do fogo, diversos produtos foram destruídos, sendo arremessados das prateleiras. O cenário após a passagem dos manifestantes ficou marcado por uma completa destruição. Homens da Tropa de Choque foram acionados, mas, quando chegaram ao local, a multidão já se dispersava.
"FOGO NOS RACISTAS!"
Após o assassinato de João Freitas no Carrefour de Porto Alegre, manifestantes ateiam fogo no Carrefour da Pamplona, em São Paulo.
João Freitas foi espancado e assassinado por dois seguranças na noite de ontem (19), véspera do Dia da Consciência Negra. pic.twitter.com/G6nZHDsqmO
— Jornalistas Livres (@J_LIVRES) November 20, 2020
Danos também foram registrados nos automóveis dos clientes que faziam compras no estabelecimento. No estacionamento, portões de ferro foram derrubados e muitos vidros estilhaçados com golpes de pedras compunham a calamidade.