O início das agressões contra João Alberto Silveira Freitas, de 40 anos, podem ter sido desencadeado após um dos seguranças do Carrefour ter levado a sério uma brincadeira feita pela vítima. Milena Borges Alves, 43, esposa da vítima que lhe acompanhava nas compras na noite do crime é quem alega essa versão.
Segundo ela, o marido fez uma brincadeira e, depois disso, passou a ser perseguido pelo mercado até o momento da agressão. “Ele era bem comunicativo, muito brincalhão. Gostava de música, ficava dançando em casa”, relembra a esposa.
De acordo com a versão da família, Freitas teria sido abordado no estacionamento do supermercado, onde as agressões tiveram início. Os seguranças, porém, disseram que a vítima teria feito uma ameaça a uma funcionária do caixa, que acionou os vigilantes, havendo bate-boca e início de briga entre as duas partes, a qual sofreu continuidade do lado de fora da loja.
A partir das gravações feitas por populares, o que se nota é um verdadeiro espancamento. A vítima, apesar de ensanguentada e desorientada sobre o chão continua a receber sucessivos golpes, que vão desde a murros na face, até pontapés pelo corpo. Para a Polícia Civil, Freitas morreu por uma parada cardíaca provocada pelas agressões.
Milena e Alberto viviam juntos há nove anos. Não tinham filhos, mas a enteada era tratada como tal. A vítima era aposentada por invalidez após sofrer fraturas em dois dedos e no fêmur enquanto trabalhava no Aeroporto Salgado Filho. A família mora a 600 metros do Carrefour, e fazia compras no local toda semana.