Na noite da última segunda-feira (9), a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) determinou a suspensão dos testes da vacina Coronavac em solo nacional, após a identificação de um “grave efeito adverso”. Horas depois foi informada a morte de um voluntário de 33 anos. Apesar do Instituto Butantan rechaçar que a morte do paciente tenha sido em decorrência do imunizante, os testes continuam suspensos, e o caso será avaliado por um comitê da Anvisa.
Diante desta situação, o presidente Jair Bolsonaro se pronunciou em suas redes sociais, classificando o episódio como “mais uma vitória” dele.
No mesmo post, o chefe do Executivo citou o governador de São Paulo, João Doria. O presidente e o governador divergem desde o início do ano por conta de posturas diferentes no combate à pandemia do coronavírus. Recentemente, a Coronavac, imunizante desenvolvido pelo laboratório chinês Sinovac, foi motivo de polêmica entre os dois, reforçando ainda mais a rivalidade declarada.
Questionado por um seguidor se o Brasil compraria a Coronavac caso a Anvisa aprovasse o imunizante, Bolsonaro polemizou.
“Morte, invalidez, anomalia. Esta é a vacina que o Doria queria obrigar a todos os paulistanos tomá-la. O presidente disse que a vacina jamais poderia ser obrigatória. Mais uma que Jair Bolsonaro ganha”, disparou o presidente.
Morte de voluntário
Na noite de ontem, a Anvisa suspendeu os testes da Coronavac alegando ter registrado um “efeito adverso grave”. Pouco tempo depois, foi confirmada a morte de um homem de 33 anos, que era voluntário. O caso será investigado sob sigilo pela agência.
Em entrevista, o diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, rechaçou a possibilidade da morte do voluntário ter sido em decorrência da vacina, e se mostrou surpreso com a decisão da Anvisa.