A volta às aulas tem sido um dos assuntos mais discutidos nos bastidores da educação. Diante de um cenário de pandemia ainda preocupante, boa parte das escolas no país, seja da rede particular, municipal ou estadual, continuam fechadas. No entanto, o retorno já se dá de forma “facultativa” em algumas instituições privadas, com os pais e responsáveis escolhendo em mandar o filho à escola ou continuar com as aulas remotas.
No Distrito Federal, antes da volta às aulas em escolas particulares, os professores foram submetidos a exames da Covid-19, e o resultado foi impactante. Em um intervalo de dez dias, 232 professores testaram positivo para a doença. Os dados foram divulgados pelo sindicato da categoria, que realizou uma “força-tarefa” de testagem, com mais de 4 mil profissionais.
De acordo com o Sindicato dos Professores em Estabelecimentos Particulares de Ensino do DF (Sinproep-DF), deste total, 189 testaram positivo para o anticorpo IgG, que indica que o paciente teve a infecção, há pelo menos três semanas, e possivelmente já está imunizado.
Outros 19 apresentaram anticorpo IgM, o que indica que foram infectados recentemente, e ainda está com o vírus no organismo. Neste cenário, é muito mais provável que o paciente esteja transmitindo o vírus. Fechando o balanço, outros 24 professores apresentaram os dois tipos de anticorpos.
Protocolo
A bateria de exames com os professores teve início na semana anterior ao retorno das aulas do ensino médio e profissionalizante na capital federal. O protocolo foi a terceira e última etapa antes das aulas voltarem em meio à pandemia na rede particular.
Desde o dia 21 de setembro, estudantes do ensino infantil e fundamental I puderam voltar às salas de aulas para um contato presencial com professores. Semanas depois, o regresso foi do ensino fundamental II.