A pandemia do coronavírus segue assolando a população mundial. Mergulhados em pesquisas, cientistas tentam descobrir a eficiência do vírus desconhecido. Em um estudo divulgado nesta terça-feira (27) pelo Imperial College de Londres, na Inglaterra, foi apontado que pessoas em recuperação da Covid-19 podem sofrer impactos expressivos nas funções cerebrais.
A pesquisa ainda mais além ao afirmar que em casos mais drásticos da infecção o declínio mental afetado pode equivaler a um envelhecimento de 10 anos ao cérebro.
O estudo intitulado de Grande Exame da Inteligência Britânica analisou resultados de quase 85 mil pessoas. Outros especialistas ainda verificarão os dados, mas a publicação já foi feita no renomado site MedRxix.
Em casos mais graves da Covid-19, a infecção se mostrou ligada a déficits cognitivos consideráveis, com duração de meses.
“Nossas análises se alinham à visão de que existem consequências cognitivas crônicas de se contrair Covid-19. Pessoas que se recuperaram, incluindo aquelas que não relatam mais sintomas, exibiram déficits cognitivos significativos”, disseram os cientistas na publicação do estudo.
Testes
Nos exames cognitivos foram medidos o quanto o cérebro é capaz de realizar tarefas, como por exemplo lembrar palavras, montar um quebra-cabeças, entre outras atividades, que são comumente utilizadas para avaliar o desempenho cerebral de doenças como o Alzheimer.
Os cientistas classificaram os déficits cognitivos em casos graves da Covid-19 como “de tamanho de efeito significativo”, proporcionando um declínio médio de 10 anos entre pacientes de 20 a 70 anos.