Um jovem estudante de 18 anos, morador do município de Martins, que fica no estado do Rio Grande do Norte, tem uma bela trajetória em sua vida estudantil e até já ganhou medalha de ouro na Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica, no ano de 2017.
”Eu não estudo astronomia, eu vivo astronomia e cada dia aprendo uma coisa nova”, essa é a declaração do jovem Arthur Felipe sobre o amor que tem pelo tema. O rapaz é um apaixonado pelo céu desde que era pequeno e sempre mirou um futuro na carreira espacial e também em estudos em agências internacionais.
Arthur Felipe contou que é um apaixonado pela ciência desde criança, e quando completou 15 anos, fez o seu primeiro telescópio reciclado com canos e lentes. Atualmente, ele está estudando astronomia de maneira independente. A sua dedicação à ciência o coloca entre os astrônomos amadores, que realizam observações a partir de instrumentos em casa, por exemplo.
Pensando em ter um telescópio ‘de ponta’ que o estudante teve a ideia de fazer uma vaquinha online. Além disso, ele está se dedicando à venda de empadas para ajudar na arrecadação dos valores para comprar o objeto de desejo.
“Eu vendo empadas para comprar um (telescópio) mais potente… Maior e mais potente. As empadas estão dando um dinheiro legal. Meu sonho é observar o céu profundo, nebulosas, planetas, além da Lua. Expandir o universo observável. A quantia em dinheiro servirá para o meu futuro”, explicou o rapaz.
Os primeiros passos sobre ciência aconteceram na escola do município, porém Arthur lamenta o fato de não ter tido mais acesso a conteúdos desse tipo ao passar dos anos. Rodolfo Langui, que é professor do Observatório de Astronomia da Unesp, relata que a grade curricular do país contempla astronomia, porém o grande desafio está na formação de docente para essa área.
Assim como Arthur, o professor Langui acredita que essa ciência mostra a possibilidade de ir além da lógica e da física.