De acordo com informações da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), um voluntário brasileiro que participava dos testes do imunizante de Oxford contra o coronavírus morreu. O homem que não teve a identidade revelada tinha 28 anos e atuava como médico, sendo residente no Rio de Janeiro. Ele morreu por conta de complicações da Covid-19
A agência afirma que foi notificada do óbito no dia 19 de outubro, e que posteriormente foi informada que o comitê independente que acompanhava o caso sugeriu o prosseguimento do estudo.
Até o momento, a Anvisa ainda não esclareceu se o voluntário tomou a vacina ou o placebo, prática que vem sendo realizada na fase de testes dos imunizantes em todo o mundo. Em contato com o G1, o laboratório responsável pela vacina de Oxford, AstraZeneca, disse que não tinha um posicionamento sobre o caso.
Testes
O imunizante desenvolvido pela universidade de Oxford figura como umas das principais apostas do governo federal. O imunizante já está na sua terceira fase de testagem, que foi iniciada em junho. Nesta última etapa, a eficácia e eventuais efeitos da vacina são monitorados. Após os estudos, os resultados são encaminhados para a Anvisa, que libera ou não o registro e produção do imunizante em massa.
Nos processos de testes, nenhum voluntário apresentou reação grave após ter recebido uma dose do imunizante. De acordo com o Ministério da Saúde, o governo federal deve desembolsar cerca de R$ 1,9 bilhão na compra de imunizantes da Universidade de Oxford, e estima oferecer 100 milhões de doses da vacina já no primeiro semestre de início da campanha.