Em entrevista na última segunda-feira (19), o presidente Jair Bolsonaro falou sobre a vacinação contra a Covid-19. De acordo com o mandatário da nação, a vacina não será obrigatória.
Mesmo tendo o poder para determinar obrigação dos cidadãos a tomarem a vacina, o presidente Bolsonaro afirma que já está decidido junto ao Ministério da Saúde que não haverá obrigatoriedade para a imunização. Bolsonaro ainda falou sobre a necessidade de comprovação científica da vacina.
Porém, a declaração vai contra uma lei assinada pelo próprio presidente em fevereiro, que diz que por conta da Covid-19, pode ser adotado o enfrentamento de emergência e “a realização compulsória de vacinação e outras medidas profiláticas”.
– A vacina não será obrigatória.
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— Jair M. Bolsonaro 2️⃣2️⃣ (@jairbolsonaro) October 19, 2020
Na lógica de Bolsonaro, não se deve obrigar pessoas que já contraíram a doença e já estão imunizados a tomarem a vacina. Reforçando seu ponto de vista, ele afirmou que o governo federal não obrigará cidadãos a tomarem a vacina.
São graves as declarações de Bolsonaro em evento agora há pouco.
Além de dizer que a vacinação não será obrigatória, ele deu a entender que a Anvisa irá demorar para aprovar a vacina no Brasil. Também disse que defende o direito de “metade da população que não quer se vacinar” pic.twitter.com/GwasgdQvS4
— Samuel Pancher (@SamPancher) October 19, 2020
Suposta mensagem para João Dória, governador de São Paulo
Dória, que afirmou que a vacinação será obrigatória em São Paulo, recebeu por parte do presidente uma mensagem indireta, afirmando que quem deseja uma vacinação obrigatória está “pensando em tudo, menos na saúde ou na vida do próximo”.
Na ordem de Dória, os únicos cidadãos que não serão imunizados seriam aqueles que possuem alguma restrição médica e afirmou que adotará meios legais para quem recusar receber a vacina.
Reação nas redes sociais foi instantânea
Entre os internautas, houve quem comparasse a posição do presidente quando o assunto é a vacina e a cloroquina. O presidente também foi acusado pelos internautas de promover um discurso “anti-vacina”.
Por outro lado, houve quem apoiasse a escolha do presidente, afirmando que quem já foi imunizado não teria como ser contaminado pelos não vacinados. A ordem de Dória ainda foi comparada a de ditadores.