Genebra, na Suíça, é tida como uma das cidades mais caras para se viver em todo o planeta. Essa realidade acaba sendo compensada pelos ótimos salários ofertados aos trabalhadores. Os empregadores, a partir de agora, deverão, no mínimo, pagar 23 francos por hora trabalhada, o que corresponde a R$ 24,2 mil por mês, sendo este o maior salário mínimo em todo o mundo.
A medida não valerá para todo o país, sendo fixada após votação no fim de setembro apenas para Genebra. Para se ter um parâmetro a respeito dos custos de vida, o aluguel de um apartamento considerado normal não custa menos do que 2 mil euros mensais, mais de R$ 13 mil na atual cotação do real.
Em virtude do ordenamento político da Suíça, decisões como o aumento do salário mínimo precisam passar pelo crivo popular. Por conta disso, foi realizada eleições nas quais 80 mil eleitores aprovaram a medida. Em anos anteriores, como 2011 e 2014, os próprios cidadãos rejeitaram o aumento do salário.
Analistas econômicos avaliam que a votação pelo aumento do salário mínimo em Genebra tenha relação direta com a forte crise financeira ocasionada pela pandemia do novo coronavírus, cujos reflexos se mostraram existentes em toda a Europa.
A economia da cidade de Genebra depende em sua maior parte do turismo, sendo um dos destinos preferidos por habitantes de todo o mundo. Na lista de cidades mais caras para se viver, os suíços concorrem com Zurique, Singapura e Hong Kong, cujos padrões para manutenção de vida também são altíssimos.
O salário mais alto do mundo antes era de 12,1 euros por hora na Austrália, cerca de 2.180 euros por mês (aproximadamente, R$ 14,3 mil).
No Brasil, o valor é de R$ 1.45,00 por mês.