Advogados de padre Robson induziram a Justiça ao erro, segundo o Ministério Público de Goiás

O órgão alega que o pedido de habeas corpus foi fundamentado em informações não correspondentes aos fatos investigados.

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Segundo a promotoria do Ministério Público do estado de Goiás, a defesa do Padre Robson induziu a Justiça ao erro diante da tomada de decisão de arquivar o processo contra o líder religioso. Em coletiva de imprensa realizada nesta quinta-feira, dia 8 de outubro, o órgão declarou que os advogados trouxeram informações que não correspondem aos fatos apurados pela Justiça ao realizarem o pedido de habeas corpus.

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Na última terça-feira, a 1ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Goiás oficializou a suspensão das investigações de possíveis desvios de dinheiro, formação de organização criminosa e apropriação indébita na Associação Filhos do Divino Pai Eterno (Afipe), com sede na cidade de Trindade, em Goiás.

De acordo com Sandro Henrique Silva Barros, promotor de justiça do Ministério Público de Goiás, a investigação não foi arquivada, mas trancada por decisão da Justiça. Segundo ele, a decisão fez com que o órgão ficasse proibido de continuar com o andamento das investigações.

As apurações de irregularidades nos bastidores da Afipe aconteciam há cerca de três anos. O ponto de maior tensão foi o desencadeamento da Operação Vendilhões, deflagrada no último dia 21 de agosto, e que ganhou repercussão a nível nacional. 

O Ministério Público discorda da decisão proferida pelo Tribunal de Justiça, acreditando que os desembargadores foram induzidos ao erro diante da tomada da decisão. Segundo o promotor, houve ferimento ao princípio do contraditório. “Fica a visão de apenas uma das partes, no caso a da defesa dos investigados”, ressalta.

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