Renda Cidadã de Jair Bolsonaro volta para a estaca zero após novo pronunciamento do ministro Paulo Guedes

Segundo o ministro, não haverá destinação dos valores do orçamento reservados para os precatórios ao Renda Cidadã.

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O ministro da economia de Jair Bolsonaro, Paulo Guedes, afirmou em pronunciamento que o governo federal não irá realizar o uso dos recursos de precatórios para o financiamento do programa Renda Cidadã. Este, que tem se tornado o sonho do presidente da República a ser posto de pé até o fim do ano de 2020, ganha contornos de grandes dificuldades.

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A decisão de utilizar os precatórios, que são as dívidas que o governo federal é obrigado a pagar por determinação judicial, foi duramente criticada por investidores, Congresso Nacional e órgãos de controle e fiscalização. Para acalmar os ânimos, o ministro da Economia anunciou que o governo está retrocedendo na decisão.

Por conta dos desdobramentos recentes ocorridos em Brasília, o Renda Cidadã volta para a estaca zero. De acordo com os líderes no Congresso Nacional, a votação deve ficar para o início de 2021, frustrando os planos de Jair Bolsonaro de implementação ainda neste ano.

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A mudança de posicionamento do Ministério da economia aconteceu em menos de três dias após o anúncio oficial. No encontro ocorrido no Palácio da Alvorada, houve bastante tumulto diante da presença de líderes de partidos.

Na última segunda-feira (28), após uma reunião na presença de Jair Bolsonaro e ministros, o senador Márcio Bittar (MDB-AC), atual vice-líder do governo e relator da PEC emergencial, anunciou, ao lado do ministro Paulo Guedes, que o Renda Cidadã seria implementado com o uso de recursos do Fundeb (Fundo de Educação Básica), além do auxílio de verbas inicialmente reservadas no orçamento para os pagamentos dos precatórios. Paulo Guedes estava ao lado Bittar e permaneceu em silêncio durante este pronunciamento.