Desembargador cotado por Jair Bolsonaro para o STF liberou lagostas e vinhos para juízes da Corte

Kassio Nunes ganhou projeção nacional desde que o seu nome passou a ser ventilado para o Supremo Tribunal Federal.

PUBLICIDADE

O nome do desembargador Kassio Nunes está na boca do povo. O magistrado é ventilado como a possível indicação do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) para ocupar vaga no Supremo Tribunal Federal (STF), a mais alta corte da Justiça do Brasil.

PUBLICIDADE

Não demorou muito para que o currículo de Kassio Nunes fosse repercutido na web, e uma de suas últimas decisões, em especial, está chamando atenção de muitos internautas. Em maio de 2019, ele liberou licitação do STF para a compra de lagostas e vinhos. A aquisição destes itens alimentícios havia sido impedida por uma juíza federal, mas tal proibição acabou sendo cassada, com Nunes afirmando não enxergar irregularidades.

O apetitoso cardápio discutido nos termos está longe do que boa parte dos brasileiros está habituada. Tratam-se de “medalhões de lagosta servidos com molho de manteiga queimada, pato assado com molho de laranja ou de azeitonas, vinhos brancos Chardonnay com no mínimo quatro premiações internacionais, caipirinha com ‘cachaça de alta qualidade’, envelhecida em barris de madeira nobre por um ou três anos”. O contrato da licitação poderia alcançar a barreira de R$ 1,13 milhão.

PUBLICIDADE

Em sua decisão, Nunes alega que o cardápio não seria servido em toda e qualquer ocasião, tampouco fornecido unicamente para os magistrados da Corte. Pelo contrário, serviria para conferir uma boa primeira imagem para a instituição em eventos com as “mais graduadas autoridades nacionais e estrangeiras, em compromissos oficiais”.

Solange Salgado, juíza que havia impedido a aquisição destes gêneros alimentícios, afirmou em sua decisão que se trata de uma afronta aos brasileiros, pagadores de impostos, que por intermédio destas quantias sustentam o funcionamento da máquina pública, a qual deve agir para o benefício geral da população.