Estudo coreano diz que crianças assintomáticas podem disseminar o vírus da Covid por até 3 semanas

Crianças infectadas podem passar despercebidas e se tornar grandes disseminadoras do vírus.

PUBLICIDADE

Uma pesquisa publicada recentemente pela revista médica Jama Pediatrics traz um dado importante na relação da Covid-19 e as crianças. O estudo, que foi conduzido pelos cientistas do Hospital Nacional Infantil de Washington, apontou que as crianças assintomáticas podem transmitir o vírus por até três semanas.

PUBLICIDADE

Foram analisados os dados de 91 crianças em 22 hospitais da Coreia do Sul. Diferentemente de outros países, a Coreia do Sul tem outro tipo de protocolo para atendimento dos pacientes infectados com o coronavírus. As pessoas que testam positivo para o vírus ficam no hospital até a recuperação total da infecção. Esse detalhe tornou possível a comparação de crianças assintomáticas, pré-sintomáticas e sintomáticas que apresentaram um quadro infeccioso de leve a moderado do trato respiratório, tanto superior quanto inferior.

Conforme o estudo, as crianças assintomáticas possuíam o vírus detectável por cerca de 14 dias após apresentarem o resultado do teste positivo. Inclusive, 20% delas tiveram o vírus detectável no organismo por 21 dias. Os estudiosos também puderam observar que a duração da eliminação do vírus no organismo dos pacientes sem sintomas poderia ter sido mais longa, já que a data da infecção inicial não pode ser reconhecida com clareza.

Contudo, vale frisar que os dados não refletem diretamente o nível de contagiosidade dos pequenos. Os países afetados comprovam que os pequenos podem ser suscetíveis à infecção e em alguns casos apresentam complicações inflamatórias graves. Todavia, a maior parte das crianças costuma ter a forma mais leve da doença ou até mesmo ficam assintomáticas, mas podem se tornar potenciais disseminadores do vírus.

“Crianças infectadas podem ter maior probabilidade de passar despercebidas, com ou sem sintomas, e continuar com suas atividades habituais, o que pode contribuir para a circulação viral em sua comunidade”, diz o estudo.

PUBLICIDADE

Além disso, pesquisas feitas anteriormente já apontam que os pequenos têm uma carga viral maior do que os adultos hospitalizados com a forma mais grave da enfermidade.