Político defende a morte de idosos em troca de isolamento social e o fechamento do comércio

A medida seria uma espécie de moeda de troca para que a economia do país pudesse ser salva.

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O ex-primeiro-ministro da Austrália, Tony Abbott, causou enorme polêmica por conta de declarações infelizes em relação à pandemia do novo coronavírus. O político defendeu que os idosos do país sejam deixados à morte em caso de contágio pela Covid-19, como uma espécie de moeda de troca para o retorno das atividades comuns, como a retomada do comércio. Pelas suas palavras, esta seria uma troca satisfatória pelo lockdown e o salvamento da economia.

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As polêmicas declarações foram feitas durante um discurso em Londres, capital da Inglaterra. Abbott Falou sobre o que classifica como “ditadores da saúde”: “Nesse clima de medo foi difícil para governos perguntarem quanto vale uma vida”, pontuou. 

Pela concepção do político australiano, os efeitos provocados pela pandemia, que poderiam ser contornados com o fim do isolamento social, estão causando danos graves do ponto de vista psicológico em toda a sociedade. Ele recordou que muitas pessoas estão perdendo os seus empregos, necessitando de ajuda do governo para sobreviver, o que traz danos consideráveis para a autoestima. 

“Pessoas que já foram auto-suficientes estão olhando para o governo, mais do que nunca, precisando se sustentar, o que é reforçado entre jovens que não estão precisando buscar empregos”, analisou. Assim como boa parte do planeta, a Austrália sofre reflexos do ponto de vista financeiro diante dos impactos provocados pela pandemia da Covid-19. 

O país conta com 657 mortos em virtude do coronavírus, de acordo com os números mais recentes. Os idosos, pacientes com comorbidades e doenças auto-imunes são os principais óbitos confirmados. O número de casos positivos se aproxima de 26 mil.

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