Um homem de 62 anos diagnosticado com a Covid-19 se recuperou da doença depois de ficar mais de três meses em processo de tratamento na China. As informações foram reveladas pela mídia estatal. O paciente, que não teve o nome revelado, ficou ligado em uma máquina de oxigenação por membrana extracorpórea (ECMO, por sua sigla em inglês), que fica responsável por assumir as funções pulmonares.
Internado em um hospital de Guangzhou em janeiro, o homem foi colocado na ECMO no mês seguinte, por onde ficou durante 111 dias. O tratamento com este tipo de equipamento é bastante invasivo e caro.
O tempo em que o paciente diagnosticado com a Covid-19 ficou ligado ao ECMO, no entanto, não foi o maior registrado na história da medicina. Em 2016, uma menina de apenas sete anos foi tratada por 551 dias com a máquina, conforme números computados pelo departamento médico da Universidade Johns Hopkins.
“Pelo bem da saúde e da vida das pessoas, faremos o que for preciso, enquanto houver um fio de esperança”, disse Zhong Nanshan à agência de notícias Xinhua, em Guangzhou.
Alto custo
A utilização da ECMO representa um gasto expressivo. Em 2019, um hospital dos Estados Unidos cobrou US$ 4,2 milhões (mais de R$ 22 milhões) por um tratamento com duração de 60 dias para um jovem de 19 anos que apresentava insuficiência respiratória.
Cerca de metade dos pacientes colocados na máquina, acabam morrendo. A ECMO tem como função aspirar o sangue e oxigená-lo antes de devolvê-lo ao corpo quando os pulmões ou o coração apresentam falhas.
No último fim de semana, a Universidade John Hopkins informou que o mundo alcançou a marca de 25 milhões de infectados pela Covid-19.