‘Uma atitude desumana’, diz grávida que sofreu aborto após motorista de aplicativo mandar ela descer do carro

Motorista não ficou satisfeito ao saber que a mulher estava tendo sangramento.

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Um caso ocorrido em São Paulo, na segunda-feira(24), mudou a vida da família de Daiany Franco, de 31 anos. Segundo informações da Record TV, um motorista de aplicativo recusou socorro e mandou a gestante e sua mãe descerem do carro no meio do trajeto para o hospital assim que soube que ela estava tendo um sangramento.

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Daiany estava grávida de treze semanas e, ao perceber que estava perdendo sangue, optou em solicitar um motorista por um aplicativo para ir ao hospital. A gestante estava acompanhada de sua mãe quando o motorista, friamente, a expulsou do veículo por medo de manchar o banco com sangue.

Segundo a vítima, ele teria dito por várias vezes que se o banco do carro fosse manchado de sangue, elas teriam que pagar. No meio do caminho, o motorista desistiu de fazer a corrida e deixou a gestante e sua mãe em um posto de gasolina para que, assim, solicitassem o resgate ou outro motorista.

É possível visualizar nas imagens das câmeras de segurança quando a mãe, desesperada, e a filha, visivelmente com dores, são deixadas no posto. Na sequência, uma viatura da Polícia Militar se ofereceu para ajudá-las, porém, a caminho do hospital, a viatura colidiu com um caminhão, o que atrasou ainda mais a chegada ao hospital, uma vez que outra viatura teve de ser acionada para prestar ajuda. Após a perda do bebê, Daiany teve a necessidade de ser operada.

No dia seguinte, a vítima prestou queixa do motorista na delegacia de polícia por constrangimento ilegal e omissão de socorro. Em entrevista à coluna Extra, Daiany descreveu o caso como “uma atitude desumana”, pois além de perder o bebê, ela acredita que poderia ter perdido a própria vida.

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A gestante acredita que, se o motorista não tivesse sido negligente e abandonado a corrida, ela não teria sofrido o aborto, pois teria chegado ao hospital em tempo para salvar a vida do bebê. A plataforma em que o homem trabalhava informou que estão prestando apoio a vítima e não contam mais com os serviços deste homem.