Assassino que matou 51 pessoas em duas mesquitas da Nova Zelândia em 2019 é condenado à prisão perpétua

O atirador usou uma câmera para filmar o tiroteio, e as imagens foram publicadas na internet.

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Brenton Tarrant, atirador que invadiu duas mesquitas islâmicas na Nova Zelândia em março de 2019, causando a morte de 51 pessoas, foi condenado pela Justiça local à pena de prisão perpétua. A sentença foi proferida nesta quinta-feira (27), de acordo com as informações apuradas pelo jornal Washington Post.

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O assassino, munido de um forte arsenal de armas de fogo, equipou-se com uma câmera e filmou toda a sua incursão. As imagens foram publicadas na rede mundial de computadores, causando terror em internautas de todo o planeta. O caso ocorreu nos arredores de Christchurch.

“Seus crimes são tão perversos que, mesmo que ele seja mantido na prisão até a morte, isso não esgotará a punição e a sentença que eles exigem”, afirmou o juiz Cameron Mander, do Tribunal Superior de Christchurch.

De acordo com o juiz autor da sentença, o assassino não demonstrou arrependimento pelos seus crimes em nenhum momento do julgamento. Brenton Tarrant é um supremacista branco e, ainda pelas palavras do magistrado, tempo nenhum em que o atirador permanecer na prisão será suficiente para reparar os danos por ele causados.

Atirador opta pelo silêncio

Durante o julgamento, o juiz recordou a Brenton Tarrant que ele teria o direito de se pronunciar. Ao ser dada esta oportunidade, o assassino preferiu ficar em silêncio, e não disse nenhuma palavra. Inicialmente, ele se dizia inocente de todas as acusações, mas depois confessou a prática do atentado terrorista.

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Participaram do julgamento mais de 90 sobreviventes da chacina, bem como familiares das vítimas assassinadas, que prestaram depoimento à Justiça três dias antes do julgamento final de Brenton Tarrant.