Mais de 100 pessoas aceitam testar aplicação retal de ozônio contra o coronavírus

De acordo com o presidente da Sociedade Brasileira de Ozonioterapia, este não é um método que salvará a todos.

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Um dos assuntos que tem causado polêmica nos últimos dias é a aplicação retal de ozônio em pacientes com Covid-19. Até o Conselho Federal de Medicina já se pronunciou a respeito, sem contar os muitos memes compartilhados nas redes sociais.

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Mesmo controversa, um teste em caráter experimental será realizado, já que o Instituto Alpha está cumprindo todas as exigências para conseguir recursos junto à Finep e assim fazer uma pesquisa, que terá 150 pessoas como voluntárias.

A médica Maria Emília Gadelha Serra, da Sociedade Brasileira de Ozonioterapia Médica, disse que os voluntários não abandonarão o tratamento convencional e que esse novo método será utilizado apenas como uma terapia adicional.

No tratamento convencional são usados heparina, corticoides e vários antibióticos para combater as infecções secundárias causadas pela doença. Hoje o ozônio é utilizado para fazer a desinfecção dos equipamentos hospitalares, mas há quem acredite que possa vir a combater o coronavírus.

O Conselho Federal de Medicina já proibiu os tratamentos com ozonioterapia, mas pesquisas podem ser feitas.

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De acordo com Maria Emília, existem evidências de que o ozônio é eficaz na cicatrização de feridas e também em dores crônicas na coluna e joelho.

No caso da Covid-19, especialista dizem que o tratamento pode ser uma grande ajuda para melhorar o oxigênio nos tecidos, além de tornar o sangue mais fluído e até mesmo estimular o sistema imunológico para combater o coronavírus.

Não se usa supositório? Não se faz colonoscopia? Então qual o problema de aplicar um gás medicinal pela via retal? O brasileiro quer fazer gracinha com tudo“, criticou a médica.