A vacina contra o coronavírus, desenvolvida pela Universidade de Oxford, nem foi aprovada ainda e já vem enfrentando um problema, que é a falta de diversidade das pessoas escolhidas para receber o medicamento como voluntárias.
De acordo com uma reportagem do jornal britânico, The Guardian, dos mil voluntários que foram vacinados, 91% eram brancos e apenas 5% asiáticos. Menos de 1% eram negros e especialistas alertam que isso poderá acabar criando ‘pontos cegos’ no desenvolvimento do medicamento.
Oluwadamilola Fayanju, médico e pesquisador da Universidade de Duke, nos Estados Unidos, também chamou a atenção para esse fato e lembrou que a Covid-19 tem matado muitos negros também, por isso a vacina deveria ser testada em uma diversidade maior de voluntários.
Aqui no Brasil há indícios de que a Covid-19 é mais letal entre os negros, mas ainda não foi realizado um estudo para analisar os dados colhidos e revelar os números certos. Mas no último mês de abril, o próprio Ministério da Saúde chegou a essa conclusão e para isso bastou comparar o número de óbitos em proporção aos hospitalizados.
Outra vacina que tem causado polêmica é a da Rússia, pois o país poderá conceder o registro do medicamento no dia 12 deste mês. O anúncio do que seria a primeira vacina oficial contra a Covid-19 acabou causando preocupação.
É que especialistas do mundo todo estão desconfiados da velocidade com que os ensaios clínicos foram realizados e também alertam para o fato de que não houve transparência na divulgação dos resultados dos testes.