Bolsonaro veta indenização para profissionais da saúde prejudicados pela Covid-19 e causa revolta

Veto do chefe do Executivo no projeto de lei foi publicado no Diário Oficial da União (DOU).

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Presidente Jair Bolsonaro optou por vetar de forma integral o projeto de lei que previa uma indenização de R$ 50 mil para profissionais da saúde, incapacitados pela Covid-19. O posicionamento contrário do chefe do Executivo foi publicado na edição do Diário Oficial da União (DOU), nesta terça-feira (04).

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O presidente decidiu tomar essa decisão alegando “contrariedade ao interesse público e inconstitucionalidade” porque prevê “benefício indenizatório para agentes públicos e criando despesa continuada em período de calamidade no qual tais medidas estão vedadas”

Veto do presidente ainda será analisado pelo Congresso para decidir se o projeto será derrubado ou não. O pedido para a criação do benefício havia sido analisado pela última vez na Câmara dos Deputados, no dia 14 de julho, após mudanças realizadas pelo Senado.

Segundo aponta o projeto, o benefício seria distribuído para profissionais da linha de frente da saúde na luta contra a Covid-19, que atuando neste período de pandemia, se infectaram e ficaram permanentemente incapacitados pela doença.

Ainda na sua justificativa, Bolsonaro aponta que o projeto é incompatível com três artigos presentes na Lei da Responsabilidade Fiscal.

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Em maio, o projeto foi aprovado pelos deputados, mas em sua passagem pelo Senado, em junho, foi modificado, por isso necessitou de uma nova análise da Câmara. 

Repercussão

O veto de Jair Bolsonaro foi amplamente criticado nas redes sociais, sendo motivo de bastante polêmica.

“Mas quando precisou desses mesmos profissionais para salvar a vida dele da facada que tomou falou tanto em apoia-los… “, disse um internauta.

“Odeia profissionais da saúde, odeia o SUS, tanto que estamos há 3 meses sem ministro da saúde em plena pandemia“, afirmou outro brasileiro.

“Além de não contribuir em nada para o combate a pandemia,
@jairbolsonaro quer desestimular qualquer profissional de saúde que queria ajudar no combate a doença”
, opinou outro.