Apesar de um cenário animador no desenvolvimento de vacinas contra a Covid-19, o diretor-executivo da OMS (Organização Mundial de Saúde), Michael Ryan pediu realismo na espera dos resultados de eficácia e prazo da liberação do imunizante para a população em geral.
Ele ainda destacou a importância das recomendações para evitar a disseminação do vírus serem mantidas, e projetou um cenário mais claro de vacinação para o próximo ano.
“Sendo otimista, estamos acelerando o máximo possível, mas temos de garantir segurança, tomar toda precaução para ter resultado seguro. Mas, sendo realista, será na primeira parte do próximo ano até que comecemos a ver pessoas sendo vacinadas”, disse Michael Ryan.
Ryan ainda elogiou o fato de milhares de pessoas se candidatarem como voluntários para receber os testes da vacina, que estão sendo distribuídos pelo mundo, e afirmou que há notícias positivas na corrida pelos imunizantes, onde várias candidatas estão em processo avançado e apresentando bons números.
Ele enfatizou a necessidade de garantir uma grande escala de produção e distribuição, quando a vacina tiver a sua eficácia comprovada, focando em ser o mais justo possível.
Fase de testes
No Brasil há vacinas liberadas para estágio de testes: o imunizante desenvolvido pela Universidade de Oxford, no Reino Unido, outro formulado pelo laboratório Sinovac, da China, e por fim dois imunizantes produzidos em parceria da Pfizer e BioNTech, que tiveram liberação da Anvisa na última terça-feira (21).
Cerca de 15 mil brasileiros devem receber as doses testes destes imunizantes citados acima.