Pesquisadores da Fundação Oswaldo Cruz descobriram que entre os meses de fevereiro e abril, ao menos seis cepas diferentes do coronavírus circularam aqui no Brasil.
Esses cientistas analisaram quase cem genomas completos do Sars-CoV-2, que é o causador da Covid-19 e já tirou a vida de dezenas de milhares de pessoas por aqui.
As amostras foram conseguidas em vários estados e também no Distrito Federal, e são elas: A.2, B.1, B.1.1, B.2.1, B.2.2 e B.6. Os pesquisadores da FioCruz ainda identificaram a principal sub-linhagem desse vírus no Brasil.
Importante ressaltar que o fato de existirem diferentes cepas não significa que as pessoas poderão correr risco de reinfecção, ou seja, quem já foi contaminado por uma linhagem, não deve ser infectado por outra. Inclusive essa é uma questão que os estudiosos estão analisando, pois ainda não chegaram a um acordo sobre o risco de uma pessoa ser reinfectada pelo coronavírus.
Essa pesquisa da FioCruz sugere ainda que a cepa que causou um maior número de infecções aqui no Brasil teve sua origem na Europa, tendo sofrido uma série de mutações ao chegar em território brasileiro.
Até o momento, os cientistas suspeitam de que essa linhagem europeia chegou ao Brasil no final de janeiro ou início de fevereiro, bem antes da confirmação do primeiro caso, que foi registrado no dia 26 de fevereiro.
E durante o tempo em que não houve restrições aéreas para os brasileiros, pode ser que essa sub-linhagem do coronavírus tenha sido ‘exportada’ para outros países.