Fim do Auxílio Emergencial afetará diretamente taxa de desemprego

Presidente Jair Bolsonaro já sinalizou que será impossível continuar com o Auxílio Emergencial por mais meses.

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O Auxílio Emergencial tem sido um alento para milhares de brasileiros na convivência com a crise imposta pela pandemia do coronavírus. O benefício inclusive chegou a ser prorrogado, com os cadastrados tendo a garantia de recebimento de mais R$ 1,2 mil, no entanto, mesmo com uma previsão de que o cenário de crise não acabará tão cedo, o programa dificilmente será estendido novamente, impactando diretamente no desemprego.

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A crise por conta da pandemia proporcionou um nível recorde de pessoas fora do mercado, principalmente por conta da obrigatoriedade do isolamento social. De acordo com IBGE, a taxa de desemprego estava em 12,9 no trimestre encerrada em maio. Antes das medidas de distanciamento para evitar a disseminação da Covid-19, o índice era de 11,6% no país.

Este indicador, entretanto pode ser ainda maior, uma vez que muitas pessoas que perderam, mas ainda não estão procurando um novo trabalho e por isso não são consideradas desempregadas. 

Segundo um estudo promovido pelo IBGE, a população brasileira ocupada somava 93,5 milhões em maio de 2019, agora o índice é de 83,4 milhões, um decréscimo de 10,7% – algo que não se via desde 2012.

Número de informais

O índice de trabalhadores informais caiu de 44,9 milhões em maio de 2019, para 38,1 milhões no mesmo período deste ano. Os formais despencaram de 48,7 para 45,4 milhões.

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O levantamento classificou como informais trabalhadores sem carteira, domésticas sem carteiras, empregadores sem CNPJ, pessoas que trabalham por conta própria, e trabalhadores que auxiliam familiares sem uma remuneração.

Enquanto alguns brasileiros receberão nos próximos dias quarta parcela do benefício, alguns brasileiros, cadastrados em datas posteriores ainda vão receber a primeira, enquanto outros receberão o segundo pagamento. Ao todo, o governo federal gastará mais de R$ 250 bilhões com o programa.