A vacina contra o coronavírus está chegando ao Brasil; qual será o seu lugar na fila de vacinação?

Com 209 milhões de habitantes, o governo do Brasil adotará uma estratégia de vacinação em grupos, a depender da quantidade de imunizantes disponíveis.

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A vacina contra o coronavírus está em fase final de testagem, e as expectativas mais realistas apontam para a chegada ao Brasil entre os meses de outubro e novembro. Isso é o que diz a gigante da indústria farmacêutica global, AstraZeneca, que juntamente com a Universidade Oxford, no Reino Unido, elaborou um dos melhores imunizantes conhecidos pela humanidade contra o agente causador da síndrome respiratória Covid-19.

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Fila para a vacinação dos 209 milhões de brasileiros

Como em qualquer campanha de vacinação, geralmente os indivíduos mais vulneráveis são os primeiros a serem imunizados. Neste sentido, as expectativas iniciais são de que os idosos e pessoas com doenças crônicas, como cardiopatas e diabéticos, além dos profissionais da área da saúde, sejam os primeiros na fila da vacinação.

Apesar disso, o pediatra Renato Kfouri, diretor da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), faz um alerta. A estratégia para a elaboração da fila de vacinação depende da quantidade de vacinas que serão disponibilizadas ao Brasil na primeira leva. Mesmo assim, jovens e pessoas que não estejam nos grupos considerados de risco, provavelmente, serão os últimos desta gigantesca fila de 209 milhões de pessoas – número de habitantes do Brasil.

O que diz o governo?

No sábado passado, dia 27 de junho, o secretário de vigilância em saúde, Arnaldo Corrêa de Medeiros, disse que o acordo entre o Brasil e a Universidade Oxford/AstraZeneca alcança 100 milhões de vacinas. Destas, 70 milhões serão produzidas em nosso território nacional, através da transferência de tecnologia, e as outras 30 milhões, importadas.

Há grande dúvida com relação às gestantes e pessoas em tratamentos oncológicos. Pelo fato das vacinas ainda estarem em fases de testes, não se tem um laudo conclusivo sobre a possibilidade de efeitos adversos neste grupo da sociedade, embora estejam no grupo considerado de risco. Por conta disso, não necessariamente, poderão ter que aguardar um pouco mais para serem imunizados – como também podem estar no topo da fila, caso os estudos estejam conclusivos até o início da vacinação no Brasil.

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