De acordo com uma auditoria feita pelo Tribunal de Conta de União (TCU), cerca de 17 mil mortos foram cadastrados do programa Auxílio Emergencial e receberam parcelas de R$ 600, pagas aos brasileiros em situações vulneráveis por conta da crise imposta pela pandemia do coronavírus.
Segundo a apuração, o governo federal teve um gasto de R$ 11 milhões somente com estes casos. Ao todo, estima-se que ao menos 620 mil pessoas receberam o pagamento de forma indevida, não se enquadrando nos pré-requisitos estabelecidos pelo Dataprev. O balanço apurou os casos irregulares até o mês de abril, e apontou uma despesa de R$ 427,3 milhões.
As irregularidades, segundo o TCU, não param por aí. O documento apresentado pelo ministro do Tribunal de Contas Bruno Dantas ainda aponta o recebimento de 97,7 milhões por 134,2 mil servidores federais, estaduais e municipais.
De acordo com o relatório da área técnica, os valores pagos indevidamente podem chegar a R$ 1,3 bilhão caso não sejam interrompidos imediatamente.
Possível punição
Através de suas redes sociais, o ministro Bruno Dantas afirmou que o Plenário do TCU determinou que os nomes das pessoas que fraudaram o Auxílio Emergencial sejam encaminhados ao Ministério Público Federal para a realização de avaliações, passível de punição no âmbito penal.
Estendido
Na última terça-feira (30), em cerimônia realizada no Palácio do Planalto, o presidente Jair Bolsonaro e sua cúpula de governo confirmou a extensão do Auxílio Emergencial para mais dois meses, totalizando o pagamento de mais R$ 1,2 mil.