Bolsonaro mostra celular para jornalistas e revela diálogo com Moro

Ex-ministro da Justiça continua seu embate contra o presidente da república, enquanto novas revelações são feitas.

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Toda a polêmica envolvendo o ex-ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, e o presidente da república, Jair Bolsonaro, continua sendo a principal pauta da crise política instaurada no governo nos últimos dias.

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E, nesta terça-feira (05), novos capítulos desse embate foram revelados a todo o país via imprensa, no estilo ‘toma lá da cá’. Do lado de Bolsonaro, após começar o dia mandando os jornalistas “calarem a boca“. o presidente reapareceu à tarde para mostrar seu celular aos jornalistas, e o conteúdo da última conversa que teve com Moro, dois dias antes de seu pedido de demissão.

Bolsonaro mostrou a jornalistas conversas que teve com Moro via celular

Tentando justificar o print da tela do diálogo via WhatssApp, apresentada por Moro ao Jornal Nacional, Bolsonaro mostrou seu celular aos jornalistas tentando justificar o diálogo, diálogo este que foi utilizado por Moro para comprovar que o presidente realmente queria interferir em investigações sigilosas da Polícia Federal.

Assista o momento em que Bolsonaro mostrou as conversas em seu celular.

Na imagem mostrada por Bolsonaro, um link de uma reportagem do site “O Antagonista” que cita o envolvimento de parlamentares bolsonaristas no inquérito do STF sobre fake news. Após ler a mensagem, Moro teria escrito a palavra fofoca, termo esse utilizado por Bolsonaro para tentar se defender, dizendo que não sabia de nenhuma informação e que nunca soube de nenhuma investigação envolvendo seu filho Carlos Bolsonaro e aliados políticos no STF, informações estas que cabiam somente a Moro por ser ministro da Justiça.

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Moro rebate Bolsonaro e diz o motivo que o levou a escrever a palavra ‘fofoca’ no diálogo

Moro disse que utilizou a palavra fofoca no diálogo porque a matéria escrita pelo site ‘o Antagonista’ dizia que a “PF investigava” os deputados bolsonaristas e que isso não era verdade. Segundo Moro, a PF nada fazia sobre o caso e que, quem o investigava era o ministro Alexandre de Moraes, do STF.

Moro se defendeu através de nota, e ressaltou que nada tem a ver a suposição de que ele tinha informações privilegiadas sobre as investigações. Invertendo a acusação, Moro disse que o presidente é que tem que explicar a relação entre inquérito no Supremo e ‘demissão do chefe da PF’, pedido esse feito por Bolsonaro na continuidade da conversa.