Como uma das profissões mais antigas do mundo está sobrevivendo em meio à pandemia do coronavírus

Nossa equipe conversou com algumas profissionais do ramo para saber como estaria sendo a rotina de trabalho durante a quarentena.

PUBLICIDADE

Em meio à pandemia do novo coronavírus, muitos setores estão sentindo uma queda brusca nos negócios, já que não podem operar como antes. Com as profissionais do sexo a crise não foi diferente, ainda mais pela necessidade de manter contato físico com o cliente. 

PUBLICIDADE

Nossa equipe conversou com algumas profissionais do ramo para saber como estaria sendo a rotina de trabalho durante a quarentena.  

Atendimento por videochamada 

Nayane, de 33 anos, do Rio de Janeiro, que está no ramo desde os 21 anos de idade, conversou com a nossa equipe e contou que ficou duas semanas sem atender clientes pessoalmente. Sabendo dos riscos que corre ao ter contato físico, aliado à necessidade de pagar as contas, ela encontrou a saída de atender por videochamada. A nova forma de atendimento não rende como o atendimento convencional, mas foi uma forma de ter uma renda mínima em meio ao caos. 

Sobrevivendo com as reservas financeiras

Caroline, uma garota de programa da grande BH, está em uma situação mais confortável. Não adepta de atendimentos virtuais, ela vive hoje com parte do dinheiro que ganhou nos meses anteriores. “Hoje sobrevivo com o dinheiro que guardei ao longo de vários meses. Tenho uma boa reserva e conseguirei sobreviver à pandemia sem afetar o meu estilo de vida. Estou aproveitando para descansar, ler, curtir meu apartamento e me arriscando na cozinha para passar o tempo.”

“Eu não posso parar”

Marianne, de 27 anos, que mora em Juiz de Fora, interior de Minas Gerais, disse que precisa se arriscar para para alimentar o filho e a mãe.

PUBLICIDADE

Ela disse que não possui reservas para sobreviver aos tempos de pandemia. A jovem tem um filho de 8 anos e cuida da mãe de 58, que necessita de cuidados especiais devido aos problemas de saúde. A mãe de Marianne não é aposentada, ou seja, toda a renda da casa vem do trabalho de acompanhante.

Marianne revelou que a rotina de trabalho mudou muito. A jovem, que negocia com os clientes através de aplicativos e sites, disse que a procura diminuiu bastante, já que muitos têm medo de sair de casa durante a quarentena.

Mesmo tomando todos os cuidados necessários, Marianne confessa ter medo de se contaminar, mas que continuará, pois o trabalho é necessário para ela.

Além disso, o valor que ela recebia por seu trabalho é menor que antes. Antes da pandemia, Marianne chegava a conseguir em média R$ 700 por dia. Hoje, em meio ao caos provocado pelo coronavírus, ela consegue no máximo R$ 200.